Saturday, April 22, 2006

Home is where your heart is

Porque já mereciam este espacinho - as pessoas que me fazem sentir em casa quando estou longe de Coimbra.

Alguém disse um dia, "Home is where your heart is"... E, de facto, já sinto que tenho duas casas, pois o meu coraçãozito está repartido entre Lisboa e a Cidade dos Estudantes, muito em parte devido a estas pessoas... A coisa resume-se a que quando deixo Coimbra já não me custa tanto, e quando deixo Lisboa parece que deixo alguma coisa para trás...

Embora este seja o post mais pequenino que já escrevi, não deixa de ser sentido, e creio que eles sabem o que pretendo dizer: agradeço-vos por tudo, pelos conselhos, pela companhia, pelas brincadeiras... :) pelo dia-a-dia naquela casa, que me ajudou a ter força para crescer e lutar pelos meus sonhos.

A todos, um beijinho grande - GOSTO IMENSO DE VOCÊS! :)

"E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai para onde ele te levar..." Susanna Tamaro

Thursday, March 16, 2006

"Tu me manques..."


Não deves pensar muito nisso, agora que nos vemos tão pouco… ou nada.

Mas queria dizer-te… queria que soubesses que ainda me custa levantar todas as manhãs.
Porque antes sabia, e levantava-me com a certeza de que estarias lá, e de que te encontraria… às primeiras horas da manhã, às pausas para o café, a cada intervalo… Fazias parte da minha rotina, da minha felicidade. Ver-te, brincar contigo, passear contigo, discutir contigo, conversar contigo… E era uma coisa que só nós conhecíamos e entendíamos, aquela amizade entre os dois, aquela cumplicidade que fazia com que nos entendêssemos com um olhar... Era um sentimento que me enchia o coração, com a certeza de que nunca mais te esqueceria e de que por muito que um dia quisesse, nunca mais te conseguiria separar da minha vida.

…Mas agora... levanto-me e sei que, aonde quer que vá, não te vou encontrar… dou comigo a olhar rostos na rua à procura do teu… presto atenção às vozes, na esperança de te ouvir chamar por mim… sinto-me triste, porque só te vejo em fotografias que parecem ter sido tiradas há demasiado tempo… Parece que a nossa amizade ficou submersa ou encoberta… como o sol atrás das nuvens…

Foi realmente assim há tanto tempo? Que podíamos contar um com o outro? Que contávamos tudo um ao outro? Que estávamos juntos, que nos víamos, que ríamos e parecia que tendo essa amizade e a vida pela frente não precisávamos de mais nada?

…Acredita que não há uma noite em que não pense, ao deitar, “ o que é que nos aconteceu?” …ou “o que estarás a fazer agora?”… às vezes até mesmo que não te reconheceria se passasses por mim… E isso assusta-me.

…Onde estás? Aquela pessoa que conheci e que ainda hoje faz parte da minha vida, de quem eu gostava, a quem eu adorava… E que adoro. Será que ainda me recordas? Sentes falta das nossas conversas, das nossas coisas, como eu sinto? …Sentes a minha falta como eu sinto a tua?

Talvez já não… Talvez já nem te lembres da minha cara ou da minha voz… talvez já seja apenas uma memória poeirenta no teu armário… talvez faça suposições a mais e talvez isto já não faça sentido… Acho que só precisava dizer o que sinto.

No fundo, acho que só queria dizer-te… “tu me manques”.

Saturday, February 25, 2006

"Love is a force of nature..."


Aqui há tempos falei com a minha Aninhas (enas! :p ) na sequência de termos ido ao cinema; uma conversa longa e profunda, que nem toda a gente se atreve a ter por preconceito – é que, já se sabe, é mais fácil não falar das coisas do que admitir que possam realmente ser factuais.

Fomos ver “Brokeback Mountain”… e juro que ando impressionada com a repulsa em torno deste filme. Não entendo o que as pessoas têm contra um filme sobre uma relação homossexual… Parece-me que deve ser mais fácil repudiar um filme (repudiando representativamente tudo o que nele se encontra implícito) do que admitir que a realidade se possa assemelhar um pouquinho que seja “àquilo”. Olho à minha volta para ver pessoas a dizer (por exemplo) “Credo, EU, pagar para ir ver um filme de cowboys gays??!!”

Mas afinal porquê? Que mal tem? Porquê esta manifestação homofóbica, porquê tanta raiva? Quem ditou que o amor era estrito e tinha regras? Não se diz que a base do amor é ser desprovido de razão? Porque é que é tão absurdo que duas pessoas se amem independentemente de estatuto social, cor de pele ou até sexo?

Este filme é a história de duas pessoas que, por causa de preconceitos estúpidos como este, nunca puderam “expor-se”, partilhar a sua vida em público, perante toda a gente… porque sabiam o quanto seriam recebidos com hostilidade. E embora tudo se tenha passado há mais de 40 anos, tudo nela se mantém tão aterrorizadoramente actual… que até impressiona!

Todos os dias se suicidam adolescentes que não conseguem suportar a agústia de assumirem a sua sexualidade perante uma sociedade homófoba e hostil… violenta até. E isso é justo? Que o preconceito se imponha ao livre arbítrio que uma pessoa tem sobre a sua vida? Se uma pessoa ama… que direito tem o mundo de lhe dizer que não tem o direito de amar?

Tudo isso me revolta e enche de raiva… Só consigo louvar a coragem destes autores, realizadores e actores, pois estão a marcar uma posição, mesmo em minoria.
No fundo o filme é uma belíssima crítica… E acima de tudo, digam o que disserem… é uma belíssima história de AMOR.

Sunday, January 15, 2006

Para recordar



Tenho cá para mim que nunca mais nos vamos esquecer da brilhante noite de 5ª Feira... =)

Seja por ter sido a nossa primeira GRANDE noite de turma, ou pelas peripécias da mesma, foi uma noite memorável.
Vamos sempre recordar o delírio de cantar o "Tata Budha" em plena Pizza Hut, ou os stresses com o passe de Metro do Bernardo...
...as fotos a apertar a mão ao Pessoa, placidamente sentado na Brasileira, ou com os cartazes da campanha presidencial...
...o subir para o Bairro Alto a cantar a plenos pulmões o "Fado do Estudante" (culpa do Chico :p), com toda a gente a olhar para nós...
...o vaguear por lá durante uma hora até nos decidirmos a entrar onde quer que fosse...
...a desconfiança com que olhámos as suspeitas cortinas vermelhas no "7º céu" (que afinal eram a entrada para o WC) e às quais a Muffy deu com a carteira (só para prevenir... =p )...
...os copos que se partiram no dito bar e os (duvidosos) filmes que passavam...
...os "parabéns" à Muffy e ao Chico pelos 2 anos e meio de namoro e a "inocência" do Patrick na matéria ("Ah és tu que fazes anos?")...
...as combinações dos táxis e as despedidas...
...e, finalmente, quais "Cinderelas", o irmos todos "podres" no dia seguinte para a aula de Bioquímica.

Foi uma noite só; mas muito embora as aulas do dia seguinte pareçam ter-nos remetido para o facto de que a realidade não é aquela, e sim, uma realidade cinzenta, somente feita de trabalho e deveres... podemos escolher saborear a vida de outro modo.

A realidade, a própria VIDA não tem de ser tão cinzenta assim... É colorida com amizades, convivências, devoção e recordações... Connosco, suspeito que esteja apenas a começar uma longa jornada desse tipo... =) ...e esta é mais uma recordação que me vai aquecer o coração.

Se isto fosse um filme, e tivesse de acabar com esta ideia, punha uma câmara a afastar-se na altura em que "rumámos ao desconhecido" rua acima, todos juntos, cantando a plenos pulmões...

"...Invoco em mim recordações
Que não têm fim dessas lições
Frente ao jardim do velho CAMPO DE SANTANA!..."

...terminando sob os telhados de Lisboa, com a Lua e as estrelas a iluminar o nosso caminho.

Wednesday, December 21, 2005

À turma 15...




Acho que depois da surpresa que me prepararam na Sexta-Feira, devo um agradecimento à minha turma da FCM. =)

Devo ter repetido isto milhentas vezes, mas não estava nada à espera e apanharam-me bem! Fiquei muito surpreendida porque, devido a alguns episódios da minha vida, alguns até bem recentes, habituei-me a não esperar muito das pessoas... Nem mesmo coisas boas, gestos lindos como foi este.

Não posso deixar de sublinhá-lo, pois vocês conhecem-me há tão pouco tempo e, ainda assim, fui merecedora do vosso apreço ao prepararem esta surpresa antecipada pelo meu aniversário. Gostei imenso (mas não chorei! :p) e fiquei muito tocada!

Por isso, um grande beijinho e obrigada a cada um: Mariana, Muffy, Isa, Paulinha, Irina, Bernardo, Patrick e João. Gosto BUÉS de vocês! =)

Um bom Natal a todos e até Janeiro!

Tuesday, December 20, 2005

Melhor é impossível...


Desafio qualquer um a tentar bater o sentimento de felicidade que me inunda neste momento... quem quer que seja, e mesmo assim, garanto que não vai conseguir.

É de tal ordem que levei 2 dias a conseguir pô-lo em palavras.

No domingo regressei a casa para passar as férias de Natal...e, pela primeira vez em 2 meses e 6 dias de estadia em Lisboa, senti uma ponta
de tristeza e pena.

É que este foi o primeiro fim-de-semana que passei na capital. E não podia tê-lo passado melhor. Sabem, é que tenho os melhores amigos do mundo... que se deram ao trabalho de se meterem num intercidades para ir passar 3 dias comigo.


...E que dias.

Foram os melhores dias que já passei em Lisboa... e acho que por isso, a cidade já nem parece tão fria. Está aquecida com as memórias deles lá, comigo.

Por isso tenho que lhes agradecer (again). Tê-los lá, abraçá-los, rir até não poder mais, ir às compras, o sarilho dos banhos e das dormidas, a guerra pelos chocolates, as doideiras do metro, o falar à bizalhão :p , o chinês, a árvore e o coffee & pot... tudo isso foi a melhor prenda de Natal. Cada momento foi único e cada
instante foi aproveitado até à última gota. Até sairmos do comboio em Coimbra-B.

Não me esqueço, porém, de alguém de quem tivemos saudades. Just a little word: amiga, fizeste-nos muita falta, mas entendemos. Estes dias foram óptimos...contigo teriam sido perfeitos. Adoro-te!

Resumindo...
Roubo-te as palavras, Martinha: "Nunca mais me vou esquecer..."

LOVSIU***

Monday, November 28, 2005

Thank U




Fantástico, o meu primeiro post... :)

Nunca pensei vir a fazer uma cena destas, mas é que estava sentada a pensar num milhão de coisas, quando me vieram ao pensamento (onde, de resto, estão sempre) as pessoas que motivaram este blog e este post.

Não são pessoas perfeitas, nem eu tampouco. Mas são a minha pedra basilar, como se costuma dizer. Sem eles, desmoronava.

São os melhores amigos e amigas que alguém podia sequer SONHAR... Não me lembro de nenhum momento em que não tenha precisado do apoio de qualquer um deles, com que não tenham lá estado. Não tenho memória de fase da minha vida que não os inclua. Não passa um dia sem que me lembre de milhentos momentos fantásticos que passámos. Qualquer coisa do dia-a-dia me lembra uma piada que alguém disse, um momento juntos, uma coisa que algum de vocês gosta. Tudo isso me faz sorrir, quase cantar e explodir, de tão feliz e sortuda que me sinto por tê-los ao meu lado.

Quando se tem amigos assim, e se tem de partir, temos medo que a distância acabe por esbater essa amizade... que com o tempo tudo se torne insignificante e as pessoas se vão afastando. Medo de uma grande perda. Não minto - eu TIVE esse medo quando vim para Lisboa.

...Mas depois... cada vez que ia a casa... cada vez que vou a casa... fui-me apercebendo que esse medo não tem razão de ser... Cada vez que chego, sei que eles lá estão, de braços abertos, tão mortos de saudades como eu (apesar de serem só 5 diazitos separados, somos mesmo lamechinhas... :p )! Não que sejamos mais que quaisquer outros amigos! Mas a nossa relação, entre os 6, já provou suportar muito. E para nós, há-de ser sempre especial. Os "6 Magníficos" não são só uma brincadeira que a gente vai fazendo... Têm o significado da ligação forte que nos une tão estreitamente.

Acho que a bottom line é... ADORO-VOS e OBRIGADA!

À Ana, as correrias loucas para combinar tudo e mais alguma coisa, as sopas de tomate da Figueira, os mimos, as cócegas e todas as vezes que "me levaste ao colo".
Ao Zeca, o companheirismo, a cumplicidade, os carinhos e festas no cabelo, os risos e a força... e o post do blog. =)
Ao David, os telefonemas incansáveis a toda e qualquer hora, o dom de me distrair com Star Wars e cinema, os favores e o carinho.
À Martinha, os mails reconfortantes, os telefonemas de 4a à noite, a telepatia, os mimos e beijinhos fofos.
À Sophys, as mensagens constantes, as más-línguas de partir a rir (LOL), o apoio mútuo e as gargalhadas que me fazes dar.

...Resumindo, a TODOS, pelo apoio incondicional, pela força, pelos mimos e por serem os meus babes!!! ;)

Amo-vos aos 5. Não tenho palavras para retribuir. Mas tenho coração para vos acomodar a todos. Um beijo.

Lovsiu*

PS - Desculpem se fui muito sentimental, mas estava inspirada! :p